A área geográfica de mais de um milhão de quilômetros quadrados, situada entre Porto Rico, Melbourne (Florida, EUA) e as ilhas Bermudas, foi alvo de especulações durante várias décadas. Essa área, chamada de Triângulo das Bermudas, ocupa uma posição de destaque no registro mundial de mistérios inexplicáveis, por terem desaparecido diversos aviões e navios, especialmente após 1945.
O estudo publicado no “American Journal of Physics”, pela equipe de Michael Denardo, sustenta o princípio de que a alta atividade vulcânica, existente na zona, liberta bolhas de gás metano, que quando chegam à superfície da água aumentam exponencialmente de tamanho e têm a capacidade de interferir e destruir embarcações e aviões que sobrevoem a área, já que os instrumentos se tornariam imprecisos perante a repentina mudança da densidade do ar.
Através de um estudo oceanográfico do fundo do mar – na área do Triângulo das Bermudas e do Mar do Norte entre a Europa continental e a Grã-Bretanha – foi descoberta uma quantidade significativa de hidratos de metano e antigos locais de erupção.
Após terem estabelecido a correlação entre os dados existentes, os investigadores imaginaram o que aconteceria se as gigantescas bolhas de metano explodissem de dentro das fissuras naturais do oceano. Esta investigação corrobora o artigo anteriormente publicado por Denardo.
Qualquer embarcação que seja capturada numa mega bolha de metano perde imediatamente a flutuabilidade e afunda. Se as bolhas forem grandes o suficiente e possuírem alta densidade podem derrubar aviões. Quando atingidos por bolhas de metano começam a perder o controle dos motores e caem.
O princípio explica-se da seguinte forma: “ao misturarmos bolhas de metano na água, sua densidade é reduzida, de modo que qualquer coisa flutuante na superfície acabe por afundar”. A equipe de cientistas norte-americanos colocou a teoria à prova.
Para a experiência, provocaram bolhas em um copo de água, alimentando continuamente a parte inferior com ar. Em seguida, colocaram bolas de pesos diferentes, mas todas as bolas afundaram assim que as bolhas de gás estouravam. Este mecanismo poderia explicar o mistério do Triângulo das Bermudas. “Se um fenômeno pode acontecer em laboratório é provável que se reproduza na natureza”, afirma Denardo.